Teolatria

No Teolatria você encontra diversos estudos bíblicos em slides (power point) para baixar, além de muitas pregações, sermões expositivos, textuais, temáticos em mp3, dos pregadores da IMVC - Vilhena/RO: Pr. Cleilson, Pb. João, Pb. Alex, Pb. Wesllen Ferreira, irmã Clair Ivete e pregadores convidados.

sábado, 18 de novembro de 2017

POR QUE UM SALVO NÃO PERDE A SALVAÇÃO (CL 3.10)



Dentre as várias discussões que sempre houveram acerca da doutrina da segurança da salvação, destacam-se as posições da Perseverança dos Santos versus o Cair da Graça, respectivamente defendidas pelo calvinismo e arminianismo.

Há muitos bons debates e escritos sobre o tema Perseverança dos Santos, de modo que não farei uma exposição desta doutrina, apenas recomendo o livro do John Piper (Cinco Pontos), lançado pela Editora Fiel, onde ele expõe de forma simplificada, porém profunda, não somente sobre esta doutrina, como também sobre as 4 anteriores a ela (Depravação Total, Eleição Incondicional, Expiação Limitada e Graça Irresistível).

Desejo neste artigo salientar uma característica da nova natureza que recebemos, o que torna logicamente impossível que um verdadeiro salvo perca a salvação. Porém antes, para começar, já não é lógico se falar em perda de salvação. Pode-se perder qualquer coisa, menos aquilo que é eterno. Se alguém foi trazido para algo eterno, dali ele não pode sair. Se uma pessoa é trazida por Cristo para a salvação e esta é eterna (cf. 2Tm 2.10; Hb 5.9), segue-se logicamente que não pode perdê-la, caso contrário, não seria eterna. Segue-se também que um condenado pode perder sua condenação, mas não podemos afirmar isso biblicamente, pois a condenação é eterna também.

Porém, voltando à característica da nova natureza que os salvos recebem, o que encontramos na escrita paulina é que esta nova natureza não se corrompe (Rm 12.2; 2Co 4.16; Ef 4.22-24; Cl 3.10). Estes versículos afirmam que a nova natureza é transformada pela renovação, ela se renova de dia em dia, se renova no espírito da mente e se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem do que a criou. Lemos também em 2Co 3.18, que somos transformados de glória em glória pelo Espírito do Senhor para chegarmos à imagem do Senhor.

Desviar-se, apostatar-se, cair da graça ou “perder” a salvação são coisas incompatíveis com o caráter da nova natureza. Em Ef 2, Paulo compara o novo nascimento com a ressurreição de pessoas que estavam mortas espiritualmente (vs. 1,5). Não se pode afirmar biblicamente que pessoas ressuscitadas da morte espiritual voltem a morrer. Jesus disse o contrário, quem nEle crer, ainda que esteja morto viverá. E disse ainda: Todo o que crer em mim não morrerá eternamente (Jo 11.25,26). Disse também que quem ouve Sua Palavra e crê no que O enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida (Jo 5.24). Não vemos alguém que tenha passado da vida eterna para a morte! Não é compatível com a característica da nova natureza.


Sendo assim, o que dizer dos casos em que alguém que tenha vivido muito tempo na igreja, recebido os sacramentos, exercido dons e cargos, finalmente tenha se desviado e rejeitado a Cristo? A resposta é que muita gente vive entre os salvos, participa das bênçãos externas dos salvos, recebe dons e sacramentos, mas não é salva! Tal pessoa compreende intelectualmente o evangelho e as doutrinas, mas no seu interior, não recebeu a ressurreição espiritual, isto é, não nasceu de novo. Pode ser que algum dia ela passe pelo processo de regeneração, e certamente passará, se for eleita, mas pode ser que esteja entre os salvos sem nunca nascer de novo.

Dia tes písteos.

Pr. Cleilson

Nenhum comentário:

Postar um comentário